Publicado em: 16/10/2019 por Aida Martinez

Depressão infanto-juvenil, uma realidade contemporânea.

Depressão infanto-juvenil, uma realidade contemporânea.

Todo mundo nasce inocente, pacífico e amoroso, sem compreender nada sobre competição, raiva, inveja, descaso e desilusão; somos guiados "cegamente" até final da segunda infância (7 anos de idade aproximadamente) por instintos primitivos de sobrevivência e, direcionados pelos nossos pais e/ou cuidadores a trabalhar o equilíbrio e definição das emoções e sentimentos. Parece simples né!? Era para ser, se não fosse a condição emocional precária que os próprios pais e /ou cuidadores tem sobre emoções, sentimentos, projeções e, todo conteúdo interno que os compõe.

A brutalidade da vida material consumista que vivemos hoje, o culto à beleza esteriotipada, o excesso de informação, a falta de habilidade em gerenciar nossas prioridades, nos levaram à um distanciamento físico imensurável, não temos tempo de estar próximos de nossos filhos, pelo menos não como deveríamos.

E, o pior ainda a se relatar é, que isso já é de grande impacto na saúde mental dos bebês, onde autores defendem um tipo de educação desde o nascimento onde tudo se controla, o tempo de choro, o tempo de berço, o tempo de sono, o tempo de colo e, etc. E, o tempo de amar? Onde fica? E o tempo de exercitar nossas habilidades intuitivas enquanto pais e/ou cuidadores?

Então, me parece que chagamos em um momento crucial de reflexão e evolução. Estamos exigindo que as escolas tenham em sua grade, proposta pedagógicas sobre "Inteligência Emocional", o que definitivamente é válido e emergencial. Mas, estamos terceirizando algo que indiscutivelmente deve começar em seio familiar, desde o nascimento de nossos filhos. Porque mais importante do quê todas as contas do mês pagas, é a saúde mental deles em perfeita integridade.

Empatia, Respeito, Igualdade, Solidariedade, Compaixão, Tempo, Colo, Carinho e Escuta são indispensáveis à saúde de qualquer criança!!!